segunda-feira, 13 de abril de 2009

ISLAMISMO

ISLAMISMO:

Religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé (chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos - muslim, em árabe, aquele que se subordina a Deus. Fundado na região da atual Arábia Saudita, o islamismo é a segunda maior religião do mundo. Perde apenas para o cristianismo em número de adeptos. Seus fiéis se concentram, sobretudo, no norte da África e na Ásia.
O nome Maomé (570-632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores. Começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano. Em Medina, ele é reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, a pedra sagrada de 15 m de altura que é mantida coberta por um tecido negro, já então um centro de peregrinação. Maomé morre no ano 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado árabe que começa a se organizar politicamente.
O Alcorão (do árabe al-qur'ãn, leitura) é a coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, além de antigas tradições religiosas árabes. O Alcorão inclui muitas das histórias do Antigo Testamento judaico e cristão, como a de Adão e Eva. Depois de desobedecer a Deus, Adão viajou e construiu a primeira Caaba. Após o dilúvio, Abraão, considerado o primeiro muçulmano, a reconstruiu. Do Novo Testamento, o Alcorão registra passagens da vida de Jesus Cristo, reverenciado pelos muçulmanos como um profeta que em sua religião só é sobrepujado em importância pelo próprio Maomé. Os muçulmanos acreditam na vida após a morte, na vinda do anti-Cristo e na volta de Jesus Cristo para vencê-lo, no Juízo Final e na ressurreição final de todos os mortos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta).

A vida religiosa do muçulmano tem práticas definidas pela Sharia, o caminho que o muçulmano deve seguir na vida. A Sharia define normas de conduta, comportamento e alimentação, além dos chamados pilares da religião. O primeiro pilar é a shahada ou profissão de fé: Não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é seu profeta. Esse testemunho é a chave da entrada do fiel para o Islamismo. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (slãts), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras realiza-se um sermão de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É empregado no auxílio aos pobres e no resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste em cumprir o jejum completo nos dias do mês do Ramadã. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano que tenha condições físicas e econômicas para realizá-la.
A esses cinco pilares, a seita khawarij adicionou o jihad. Traduzido comumente como Guerra Santa, significa a batalha para reformar o mundo, um dos objetivos do Islamismo. É permitido o uso dos exércitos nacionais como meio de difundir os princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana, as guerras, porém, não podem visar à expansão territorial nem a conversão forçada de pessoas. Por isso, o jihad não é aceito por toda a comunidade islâmica.
Durante todo o nono mês lunar de cada ano, guarda-se o Ramadã, e, do amanhecer ao pôr-do-sol, o muçulmano celebra a revelação do Alcorão a Maomé e comemora sua primeira vitória militar contra Meca. Enquanto é dia, os fiéis não podem comer, beber, fumar ou manter relações sexuais, embora trabalhem normalmente. Mas as restrições não são mantidas durante as noites, e as ruas se enchem de pessoas que comemoram alegremente a revelação feita a seu profeta. A celebração do Eid el Adha lembra a disposição de Abraão em sacrificar a Alá seu próprio filho, Ismael (na tradição judaico-cristã o filho seria Isaque). Na época de Eid el Adha também acontece a peregrinação a Meca. O Ano-Novo islâmico é comemorado no Dia de Hégira, o 1º do mês Muharram. O marco é o ano de 622, quando Maomé deixa Meca. Os lugares mais sagrados do Islamismo são Meca, cidade onde fica a Caaba, Medina, lugar onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo), e Jerusalém, cidade onde o profeta ascendeu aos céus durante uma viagem noturna em que foi ao paraíso e se encontrou com Moisés e Jesus Cristo.
JIHAD SEGUNDO OS MUÇULMANOS
EXPLICANDO O "JIHAD"

Linguisticamente, a palavra árabe "jihad" significa "esforço" ou "empenho" e se aplica a todo esforço ou empenho despendido na execução de qualquer ação. Neste sentido, um estudante se esforça, ou se empenha, para ter o seu diploma, um empregado se esforça, ou se empenha, em seu trabalho e mantém boas relações com o seu empregador, um político se esforça, ou se empenha, para manter ou aumentar sua popularidade entre seus eleitores, e assim por diante. O termo "esforço" ou "empenho" pode ser usado tanto por muçulmanos como por não muçulmanos. Disse Deus no Alcorão:
"E recomendamos ao homem benevolência para com seus pais; porém, se te forçarem a associar-Me ao que ignoras, não lhes obedeças. Sabei (todos vós) que o vosso retorno será a Mim, e, então, inteirar-vos-ei de tudo quanto houverdes feito." (Cap: 29:8; ver também 3l:15)
Os versículos acima se referem aos pais não muçulmanos que se empenham (jahadaka) para trazer o filho muçulmano de volta à religião deles.
No ocidente, "jihad" geralmente é traduzido como "guerra santa", um uso popularizado pela mídia. De acordo com os ensinamentos islâmicos, não se deve estimular ou começar uma guerra. Contudo, algumas guerras são inevitáveis ou se justificam. Se buscarmos no árabe o termo "guerra santa" encontraremos "harbun muqaddasatu" ou "al-harbu al-muqaddasatu". DESAFIAMOS qualquer pesquisador a encontrar no Alcorão, ou nas coleções de Hadith, ou em qualquer outra literatura islâmica, o termo "jihad" com o significado de "guerra santa". Infelizmente, alguns escritores muçulmanos e tradutores do Alcorão, do Hadith e da literatura islâmica em geral, traduzem o termo "jihad" como "guerra santa", devido à influência de séculos de propaganda ocidental. Talvez isto se deva ao fato de o termo "Guerra Santa" ter sido usado primeiramente pelos cristãos para se referirem às Cruzadas. No entanto, as palavras árabes para o termo "guerra" são "harb" ou "qital", que são encontradas no Alcorão e no Hadith.
Para os muçulmanos, o termo "jihad" se aplica a todas as formas de empenho e, através dos tempos foi desenvolvendo alguns significados especiais. A seguir, damos alguns desses significados, conforme encontrados em diversos contextos do Alcorão e do Hadith:
1. CONHECER O CRIADOR E AMÁ-LO AO MÁXIMO
É da natureza humana gostar do que pode ser visto com os olhos ou sentido com os sentidos mais do que a REALIDADE INVISÍVEL. O Criador do universo e o Deus Único é Allah. Ele é a Realidadde Invisível que tendemos a ignorar ou a não reconhecer. O Alcorão se dirige àqueles que alegam ser fiéis:
"Ó fiéis, não tomeis por confidentes vossos pais e irmãos, se preferirem a incredulidade à fé; aqueles, dentre vós, que os tomarem por confidentes serão iníquos. Dize-lhes: Se vossos pais, vossos filhos, vossos irmãos, vossas esposas, vossa tribo, os bens que tenhais adquirido, o comércio, cuja estagnação temeis, e as casas nas quais residis, são-vos mais queridos do que Deus e Seu Mensageiro, bem como a luta por Sua causa, aguardai, até que Deus venha cumprir os Seus desígnios. Sabei que Ele não ilumina os depravados." (Cap. 9:23-24)
Na verdade, é uma luta árdua colocar Deus à frente de todas as nossas preferências, entes queridos, riquezas, ambições mundanas, nossas vidas, enfim. Especialmente para os não muçulmanos que abraçam o Islam, pode ser pior, por causa da oposição que pode surgir na família, entre os companheiros, ou no seu grupo social.
2. RESISTIR À PRESSÃO DOS PAIS, COMPANHEIROS, SOCIEDADE:
Uma vez que a pessoa decidiu colocar em sua mente o Criador do Universo acima de todas as coisas, muitas vezes ela vive intensas pressões. Não é fácil resistir a tais pressões e se EMPENHAR para manter a dedicação e o amor a Deus acima de tudo. Alguém que chegou ao Islam, vindo de outra religião, pode ter que se sujeitar às pressões que acontecem à sua volta para que retorne à religião de seus pais. Lemos no Alcorão:
<"Não dê ouvidos aos incrédulos; mas combate-os (jahidhum) com denodo, com este (Alcorão)." (Cap. 25:52)
3. MANTER-SE FIRMEMENTE NO CAMINHO RETO:
Disse Deus no Alcorão:
"E combatei (jadihu) com denodo (jihadihi) pela causa de Deus; Ele vos elegeu. E não vos impôs dificuldade alguma na religião …" (Cap. 22:78)
"Quanto àquele que lutar pela causa de Deus, o fará em benefício próprio; porém, sabei que Deus pode prescindir de toda a humanidade." (Cap. 29:6)
Quanto àqueles que se esforçam e se empenham para viver como verdadeiros muçulmanos, cuja vida se torna difícil por causa da perseguiçção de seus oponentes, é-lhes dito que procurem um lugar mais pacífico e tolerante e que continuem com a sua luta pela causa de Deus. Diz Deus no Alcorão:
"Aqueles a quem os anjos arrancarem a vida, em estado de iniquidade, dizendo: Em que condições estáveis? Dirão: Estávamos subjugados, na terra (Makka). Dir-lhes-ão os anjos: Acaso, a terra de Deus não era bastante ampla para que migrásseis?" (Cap. 4:97)
"Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão esperar de Deus a misericórdia, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Cap. 2:218)
Deus testa os fiéis em sua fé e firmeza:
"Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem que Deus Se assegure daqueles, dentre vós, que combatem e que são perseverantes?" (Cap. 3:142)
"Certamente que vos poremos à prova mediante o temor, a fome, a perda dos bens, das vidas e dos frutos. Mas tu (ó Mensageiro) anuncia (a bem-aventurança) aos perseverantes." (Cap. 2:155)
Sabemos que o Profeta Mohammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) e seu clã sofreram boicote social e econômico por 3 anos, para forçá-los a parar com a divulgação da mensagem e a se comprometerem com os pagãos, mas eles resitiram e alcançoaram a vitória moral.
4. EMPENHO PELAS BOAS AÇÕES:
Deus afirma no Alcorão:
"Por outra, quanto àqueles que diligenciam por Nossa causa, encaminhá-los-emos pela Nossa senda. Sabei que Deus está com os benfeitores." (Cap. 29:69)
Quando nos deparamos com dois interesses conflitantes, começa a "jihad" para se fazer a escolha certa. Certa vez, um homem perguntou ao Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele):
"'Devo juntar-me à jihad?' E ele perguntou: 'Seus pais estão vivos?' O homem disse, 'Sim'. 'Então, empenhe-se em servi-los!'" (Sahih Al-Bukhari #5972)
Em outra ocasião, um homem perguntou ao Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele):
"'Que jihad é a melhor?' Ele respondeu, 'Uma palavra de verdade frente a um governante opressor!'" (Sunan Al-Nasa'I #4209)
O Mensageiro de Deus disse:
"… o MUJAHID (o que cumpre a jihad) é aquele que SE ESFORÇA contra si mesmo por conta de Deus, e o MUHAJIR (o que emigra) é aquele que deixa para trás as más ações e o pecado." (Sahih Ibn Hibban #4862)
5. TER A CORAGEM E A FIRMEZA PARA LEVAR A MENSAGEM DO ISLAM
O Alcorão relata a experiência de grande número de profetas e pessoas justas que sofreram bastante por tentar transmitir a mensagem de Deus à humanidade. Como exemplos, ver o Alcorão 26:1-190, 36:13-32. No Alcorão Deus elogia aqueles que se esforçaram para levar Sua mensagem:
"E quem é mais eloquente do que quem convoca (os demais) a Deus, pratica o bem e diz: Certamente sou um dos muçulmanos?" (Cap. 41:33)
É preciso muito coragem para, sob condições adversas, permancer muçulmano, se declarar muçulmano e convocar os outros para o Islam. Lemos no Alcorão:
"Somente são fiéis aqueles que crêem em Deus e em Seu Mensageiro e não duvidam, mas sacrificam os seus bens e as suas pessoas pela causa de Deus. Estes são os verazes." (Cap. 49:15)
6. DEFENDER O ISLAM E A COMUNIDADE
Diz Deus, no Alcorão:
"Ele permitiu (o combate) aos que foram atacados; em verdade, Deus é Poderoso para socorrê-los. São aqueles que foram expulsos injustamente dos seus lares, só porque disseram: Nosso Senhor é Deus!…" (Cap.22:39-40)
O Alcorão permite a luta para a defesa da religião do Islam e dos muçulmanos. Esta permissão inclui a auto-defesa e a luta para a proteção da família e da propriedade. Os primeiros muçulmanos lutaram em muitas batalhas contra seus inimigos sob a liderança do Profeta Mohammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) e seus representantes. Quando os pagãos coraixitas, por exemplo, trouxeram os exércitos contra o Profeta, os muçulmanos lutaram para defender a fé e a comunidade. O Alcorão acrescenta:
"Combatei pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores… E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos." (Cap. 2:190, 193)
7. AJUDA AOS ALIADOS, MESMO QUE NÃO SEJAM MUÇULMANOS:
Durante sua vida como Profeta, a tribo de Banu Khuza'ah tornou-se aliada de Mohammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele). Eles viviam próximo à cidade de Meca, que era governada pela tribo dos coraixitas, a qual pertencia Mohammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele). A tribo de Banu Bakr, aliada dos coraixitas, conseguindo a ajuda de alguns elementos dos Coraix, atacou Banu Khuza'ah, que invocando a existência de um tratado entre eles, pediu ajuda ao Profeta. Ele veio em seu socorro e puniu os coraixitas. O próprio Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) organizou a campanha contra os coraixitas de Meca, o que resultou na reconquista da cidade, sem qualquer batalha.
8. AFASTAR OS TRAIDORES DO PODER:
No Alcorão, Deus ordena aos muçulmanos:
"E se suspeitas da traição de um povo, rompe o teu pacto do mesmo modo, porque Deus não estima os traidores." (Cap. 8:58)
O Profeta Mohammad (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) empreendeu inúmeras campanhas armadas para afastar os traidores do poder. Ele pactuou com diversas tribos, contudo, algumas delas acabaram se mostrando traidoras. O Profeta iniciou campanhas armadas contra essas tribos, derrotando-as e exilando-as de Medina e de seus arredores.
9. DEFESA ATRAVÉS DE ATAQUES PREVENTIVOS:
Na verdade, é muito difícil a as pessoas se mobilizarem quando elas não conseguem ver invasores ou inimigos em seus territórios. No entanto, aqueles que são responsáveis pela segurança vêem o perigo com antecedência. O Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) tinha a responsabilidade de proteger seu povo e a religião que ele estabeleceu na Arábia. Sempre que ele recebia informações sobre a reunião de inimigos próximo às fronteiras de seu território, ele promovia ataques antecipados de surpresa e assim os dispersava. Deus ordenou aos muçulmanos no Alcorão:
"Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora a repudieis.É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe e vós ignorais." (Cap. 2:2l6)
10. CONQUISTAR A LIBERDADE PARA INFORMAR, EDUCAR E LEVAR A MENSAGEM DO ISLAM EM UM AMBIENTE ABERTO E LIVRE:
Diz Deus no Alcorãro:
"Quando te perguntarem se é lícito combater no mês sagrado, dize-lhes: A luta durante este mês é um grave pecado; porém, desviar os fiéis da senda de Deus, negá-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela (Makka) os seus habitantes é mais grave ainda, aos olhos de Deus, porque a perseguição é pior do que o homicídio. Os incrédulos, enquanto puderem, não cessarão de vos combater até vos fazerem renunciar à vossa religião …" (Cap. 2:2l7)
"E que, quando são afligidos por um erro opressivo, sabem defender-se." (Cap. 42:39)
Para alcançar esse liberdade, o Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) disse:
"Combatam os infiéis com suas mãos e palavras." (Sahih Ibn Hibban #4708)
A vida do Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) foi cheia de EMPENHO para conquistar a liberdade de informar e transmitir a mensagem do Islam. Durante sua permanência em Makka ele jamais usou métodos violentos e após o estabelecimento de seu governo em Medina, com a permissão de Deus, ele empreendeu campanhas armadas contra seus inimigos sempre como último recurso.
11. LIBERTAR AS PESSOAS DA TIRANIA:
Deus adverte os muçulmanos no Alcorão:
"E o que vos impede de combater pela causa de Deus e dos indefesos, homens, mulheres e crianças? Que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade (Makka), cujos habitantes são opressores. Designa-nos, de Tua parte, um protetor e um socorredor." (Cap. 4:75)
A missão do Profeta (que a paz e a bênção de Deus estejam com ele) foi libertar as pessoas da tirania e da exploração dos sistemas opressores. Uma vez libertas, as pessoas eram livres para escolher o Islam ou não. Os sucessores do Profeta continuaram seguindo seus passos e seguiram socorrendo os povos oprimidos. Após repetidos pedidos de ajuda pelos oprimidos da Espanha, os muçulmanos libertaram aquele país dos governantes tiranos. Após a conquista da Síria e do Iraque, os cristãos de Hims disseram aos muçulmanos:
"Gostamos de seu governo e de seu sistema de justiça muito mais do que o estado de opressão e tirania sob o qual vivemos até agora."
Os governantes derrotados da Síria eram cristãos romanos e o Iraque era governado pelos persas da religião de Zoroastro.
O QUE OS MUÇULMANOS DEVEM FAZER QUANDO SÃO VITORIOSOS?
Os muçulmanos devem remover a tirania, a traição, a intolerância e introduzir a justiça e a equidade. Devemos providenciar o conhecimento verdadeiro e libertar as pessoas da escravidão do "associativismo" (SHIRK, ou múltiplos deuses), do preconceito, da superstição e da mitologia. Os muçulmanos removem a imoralidade, o medo, o crime, a exploração, que são substituídos pela moralidade divina, pela paz e pela educação. O Alcorão declara:
"Deus manda restituir a seu dono o que vos está confiado; quando julgardes vossos semelhantes, fazei-o com equidade. Quão excelente é isso a que Deus vos exorta! Ele é Oniouvinte, Onividente." (Cap. 4:58)
"Ó fiéis, sede perseverantes na causa de Deus e prestai testemunho, a bem da justiça; que o ódio aos demais não vos impulsionei a serdes injustos para com eles. Sede justos, porque isto está mais próximo da piedade, e temei a Deus porque Ele está bem inteirado de tudo quanto fazeis." (Cap. 5:8)
"Entre os povos que temos criado, há um que se rege pela verdade, e com ela julga." (Cap. 7:181)
"Deus ordena a justiça, a caridade, o auxílio aos parentes e veda a obscenidade, o ilícito e a iniquidade. Ele vos exorta a que mediteis." (Cap. 16:90)
"São aqueles que, quando os estabelecemos na terra, observam a oração, pagam o "zakat", recomendam o bem e proíbem o ilícito. E em Deus repousa o destino de todos os assuntos." (Cap. 22:41)
O ISLAM EXPANDIU-SE PELA FORÇA, PELA ESPADA OU PELAS ARMAS?
A resposta inequívoca e enfática é NÃO! O Alcorão diz:<´> "Não há imposição quanto à religião, porque já se destacou a verdade do erro." (Cap. 2:256)
A seguir, vejamos o que T.W.Arnold, missionário cristão disse a respeito da expansão do Islam:
"… não sabemos de qualquer tentativa organizada para forçar a aceitação do Islam pela população não muçulmana, ou de qualquer perseguição intencional para alijar a religião cristã. Se os califas tivessem adotado este curso de ação, poderiam ter varrido o cristinanismo tão facilmente quanto os reis Ferdinando e Isabel, que baniram o Islam da Espanha, ou Luís XIV em relação ao protestantismo na França, ou os judeus que ficaram fora da Inglaterra por 350 anos. As igrejas orientais na Ásia foram completamente removidas da comunhão com o resto da comunidade cristã. Portanto, a existência dessas igrejas até os dias de hoje é a prova mais forte da atitude tolerante dos governos maometanos (sic) em relação a elas."
O Islam não ensina, nem os muçulmanos desejam, a conversão de qualquer pessoa pelo medo, pela ganância, casamento ou qualquer outra forma de coerção.
Concluindo, "jihad" é o EMPENHO NO CAMINHO DE DEUS com a caneta, a palavra, as mãos, a mídia e, se inevitável, com as armas. Contudo, "jihad" não inclui o empenho para se alcançar o poder individual ou nacional, a dominação, glória, riqueza, prestígio ou orgulho.
Por M. Amir Ali, Ph.D.
Nota: O presente trabalho faz parte de III&E, Série Brochuras nº l8, publicado pelo Instituto de Informação e Educação Islâmica (III&E)
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