terça-feira, 24 de março de 2009

SOCIALISMO UTÓPICO

No século XIX, diferentes pensadores tentaram refletir sobre os problemas causados pelas sociedades capitalistas em desenvolvimento. Ainda fortemente calcados nas idéias do pensamento iluminista, esses pensadores continuaram a buscar no racionalismo a saída para as contradições geradas no interior do pensamento capitalista. No entanto, esses não faziam uma crítica radical ao capitalismo, pois ainda defendiam a manutenção de suas práticas mais elementares. Chamados de socialistas utópicos, esses pensadores deram os primeiros passos no desenvolvimento das teorias socialistas. Os seus principais representantes são Robert Owen, Saint-Simon e Charles Fourier. Entre eles, podemos perceber claramente a construção de uma sociedade ideal, onde se defendia a possibilidade de criação de uma organização onde as classes sociais vivessem em harmonia ao buscarem interesses comuns que estivessem acima da exploração ou da busca incessante pelo lucro. O industriário britânico Robert Owen (1771 – 1858) acreditava que o caráter humano era fruto das condições do local em que ele se formava. Por isso, defendeu que a adoção de práticas sociais que primassem pela felicidade, harmonia e cooperação poderiam superar os problemas causados pela economia capitalista. Seguindo seus próprios princípios, Owen reduziu a jornada de trabalho de seus operários e defendeu a melhoria de suas condições de moradia e educação. Charles Fourier (1770 – 1797) criticou ferrenhamente a sociedade burguesa. Em seus escritos, defendeu uma sociedade sustentada por ações cooperativas. Nelas, o talento e o prazer individual possibilitariam uma sociedade mais próspera. A sociedade burguesa, marcada pela repetição e a especialidade do trabalho operário, estava contra este tipo de sociedade ideal. Além disso, Fourier era favorável ao fim das distinções que diferenciavam os papéis assumidos entre homens e mulheres. Por meio do cooperativismo, do prazer e das liberdades de escolha a sociedade iria criar condições para o alcance do socialismo. Nesse estágio, a comunhão entre os indivíduos seria vivida de maneira plena. Sem almejar a distinção ou a disputa, as famílias de trabalhadores viveriam nos falanstérios, edifícios abrigados por 1800 pessoas vivendo em plena alegria e cooperação. Saint-Simon (1760 – 1825), acreditava que uma sociedade dividia-se entre os produtores e ociosos. Por isso, defendeu outra sociedade onde a oposição entre operários e industriais deveria ser reconfigurada. Para isso, ele pregava a manutenção dos privilégios e do lucro dos industriais, desde que os mesmos assumissem os impactos sociais causados pela prosperidade. Dessa forma, ele acreditava que no cumprimento da sua responsabilidade social, o industriário poderia equilibrar os interesses sociais. Levantando determinados pressupostos, os socialistas utópicos sofreram a crítica dos socialistas científicos. Para os últimos, o socialismo utópico projetava uma sociedade sem antes devidamente avaliar as condições mais enraizadas que constituíam o capitalismo. Com isso, os socialistas ambicionavam definir a natureza do homem e, a partir disso, indicar o caminho entre a harmonia e os interesses individuais.

fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/socialismo-utopico.htm

4 comentários:

  1. Karl Marx nasceu na Prússia em 1818, mas estudou a maior em Berlim, aonde aderiu, juntamente com Bruno Bauer, ao círculo dos “hegelianos de esquerda” que procuravam tirar da filosofia de Hegel conclusões ateias e revolucionárias, assim suas concepções eram conhecidas como idealista hegeliano, as quais rapidamente progrediram na Alemanha em 1841. No livro Ludwig Feuerbach começa a criticar a teologia e a orientar-se para o materialismo e aparecem os seus Princípios da Filosofia do Futuro. Mais tarde, Engels escreve “É preciso (...) ter vivido a influência emancipadora” em um de seus livros. Nessa altura os burgueses radicais da Renânia, que tinham certos pontos de contacto com os hegelianos de esquerda, fundaram em Colônia um jornal de oposição, a Gazeta Renana, Marx e Bruno Bauer foram os seus principais colaboradores e, em 1842, Marx tornou-se o redator-chefe, mudando-se então para Colônia. Sob a direção de Marx, a tendência democrática revolucionária do jornal acentuou-se cada vez mais e o governo começou por submetê-lo a uma dupla censura e acabou por ordenar a sua suspensão completa a partir de Janeiro de 1843.
    Marx casa-se e muda para Paris, aonde trabalharia em ume revista radical. Nos artigos de Marx publicados pela revista, ele aparece-nos já como um revolucionário que proclama “a crítica implacável de tudo o que existe” e, em particular, “a crítica das armas”, e apela para as massas e o proletariado. Numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaborou, juntamente com Engels, a teoria e a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo).
    Em 1845, a pedido do governo prussiano, Marx foi expulso de Paris como revolucionário perigoso. (Foi para Bélgica, onde Marx e Engels filiaram-se numa sociedade secreta de propaganda, a “Liga dos Comunistas”, tiveram papel destacado no II Congresso desta Liga) e redigi¬ram o célebre Manifesto do Partido Comunista, publicado em Fevereiro de 1848. Esta obra relata detalhadamente a nova concepção do mundo, o materialismo conseqüente aplicado também ao domínio da vida social, a dialética como a doutrina mais vasta e mais profunda do desenvolvimento, a teoria da luta de classes e do papel revolucionário histórico universal do proletariado, criador de uma sociedade nova, a sociedade comunista, isto é, analisa todos os aspectos do sistema capitalista. Logo acabaram sendo expulsos do país,contudo Marx continuou a participar de manifestações na Alemanha e na Itália,as quais foi expulso também.
    Marx, mesmo condenado a miséria e sustentado com ajuda de Engels, desenvolveu numa série de trabalhos históricos a sua teoria materialista, dedicando-se, sobretudo ao estudo da economia política. Revolucionou esta ciência nas suas obras Contribuição para a Crítica da Economia Política e O Capital.
    Seu pensamento foi fruto de três grandes teorias: a filosofia alemã, o socialismo francês e a economia política inglesa. A primeira contribuiu com a dialética e com a teoria do Materialismo Histórico de Marx e Engels ; “a dialética consciente, para a integrar na concepção materialista da natureza”. “A natureza é a comprovação da dialética, e devemos dizer que as ciências modernas da natureza nos forneceram materiais extremamente numerosos” A dialética se conceitua em uma lógica de entendimento que tem como fundamento a contradição antítese e síntese. Para Marx,a dialética é um instrumento de entendimento do processo social,que,por sua vez,movimenta a história da humanidade,por maio de uma constante luta de classes sociais ( “A luta de classes sociais é o motor da história” )
    Enquanto, segundo Marx, é necessária a existência do homem para que este possa pensar, ou seja, primeiro o homem tem que produzir suas condições materiais e concretas de vida, pelo trabalho, que são os bens necessários à sua existência e à sua sobrevivência. Assim,Marx cria a teoria do Materialismo porque o homem está produzindo sua existência de forma concreta,trabalhando.Logo,cada mudança nessa maneira de produção faz com que mude a maneira de se viver; ”Não são os pensamentos que determinam a vida,é a vida que determina os pensamentos” “Assim como não se pode julgar um indivíduo pela idéia que ele faz de si próprio, também se não pode julgar uma tal época de revoluções pela consciência que ela tem de si mesma. Pelo contrário, é preciso explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção ...”.Entretanto, tendo o poder nas mãos, a burguesia faz o discurso filosófico que convence os trabalhadores de que a proposta de modernidade seria o melhor para o futuro,assim,conseguindo,a dominação destes através de sua ideologia. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. Dando origem a uma nova luta entre classes e uns dos seus mais renomados livros de análise do Capitalismo; Manifesto do Partido Comunista.
    “A história de toda a sociedade até agora existente é a história de lutas de classes” O homem livre e o escravo, o patrício e o plebeu, o barão feudal e o servo, o mestre de uma corporação e o oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante antagonismo entre si, travaram uma luta ininterrupta, umas vezes oculta, aberta outras, que acabou sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com o declínio comum das classes em conflito. A moderna sociedade burguesa, saída do declínio da sociedade feudal, não acabou com os antagonismos de classe. Não fez mais do que colocar novas classes, novas condições de opressão, novos aspectos da luta no lugar dos anteriores.
    Depois de ter verificado que o regime econômico constitui a base sobre a qual se ergue a superestrutura política, Marx dedicou-se principalmente ao estudo deste regime econômico. A obra principal de Marx, O Capital, é dedicada ao estudo do regime econômico da sociedade moderna, isto é, da sociedade capitalista.
    A economia política clássica anterior a Marx tinha-se transformado na Inglaterra, o país capitalista mais desenvolvido. Adam Smith e David Ricardo lançaram as suas investigações do regime econômico os fundamentos da teoria do valor-trabalho. Marx continuou a sua obra. Fundamentou com toda a precisão e desenvolveu de forma conseqüente aquela teoria. Mostrou que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário investido na sua produção.
    Onde os economistas burgueses viam relações entre objetos (troca de umas mercadorias por outras), Marx descobriu relações entre pessoas. A troca de mercadorias exprime a ligação que se estabelece, por meio do mercado, entre os diferentes produtores. O dinheiro indica que esta ligação se torna cada vez mais estreito a vida econômica dos diferentes produtores. O capital significa um maior desenvolvimento desta ligação: a força de trabalho do homem torna-se uma mercadoria. O operário assalariado vende a sua força de trabalho ao proprietário da terra, das fábricas, dos instrumentos de trabalho. O operário emprega uma parte do dia de trabalho para cobrir o custo do seu sustento e da sua família (salário); durante a outra parte do dia, trabalha gratuitamente, criando para o capitalista a mais-valia, fonte dos lucros, fonte da riqueza da classe capitalista. A teoria da mais-valia constitui a pedra angular da teoria econômica de Marx.
    O capital, criado pelo trabalho do operário, oprime o operário, arruína o pequeno patrão e cria um exército de desempregados. Na indústria, é imediatamente visível o triunfo da grande produção; mas também na agricultura deparamos com o mesmo fenômeno: aumenta a superioridade da grande exploração agrícola capitalista, cresce o emprego de maquinaria, a propriedade camponesa cai nas garras do capital financeiro, declina e arruinar sob o peso da técnica atrasada. Na agricultura, o declínio da pequena produção reveste-se de outras formas, mas esse declínio é um fato indiscutível.
    Esmagando a pequena produção, o capital faz aumentar a produtividade do trabalho e cria uma situação de monopólio para os consórcios dos grandes capitalistas. A própria produção vai adquirindo cada vez mais um caráter social - centenas de milhares e milhões de operários são reunidas num organismo econômico coordenado - enquanto um punhado de capitalistas se apropria do produto do trabalho comum. Cresce a anarquia da produção, as crises, a corrida louca aos mercados, a escassez de meios de subsistência para as massas da população. Ao aumentar a dependência dos operários relativamente ao capital, o regime capitalista cria a grande força do trabalho unido.
    Marx traçou o desenvolvimento do capitalismo desde os primeiros germes da economia mercantil, desde a troca simples, até as suas formas superiores, até a grande produção. E de ano para ano a experiência de todos os países capitalistas, tanto os velhos como os novos, faz ver claramente a um número cada vez maior de operários a justeza desta doutrina de Marx. O capitalismo venceu no mundo inteiro, mas esta vitória não é mais do que o prelúdio do triunfo do trabalho sobre o capital.
    fernanda gestal 2b

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  2. Karl Marx nasceu na Prússia em 1818, mas estudou a maior em Berlim, aonde aderiu, juntamente com Bruno Bauer, ao círculo dos “hegelianos de esquerda” que procuravam tirar da filosofia de Hegel conclusões ateias e revolucionárias, assim suas concepções eram conhecidas como idealista hegeliano, as quais rapidamente progrediram na Alemanha em 1841. No livro Ludwig Feuerbach começa a criticar a teologia e a orientar-se para o materialismo e aparecem os seus Princípios da Filosofia do Futuro. Mais tarde, Engels escreve “É preciso (...) ter vivido a influência emancipadora” em um de seus livros. Nessa altura os burgueses radicais da Renânia, que tinham certos pontos de contacto com os hegelianos de esquerda, fundaram em Colônia um jornal de oposição, a Gazeta Renana, Marx e Bruno Bauer foram os seus principais colaboradores e, em 1842, Marx tornou-se o redator-chefe, mudando-se então para Colônia. Sob a direção de Marx, a tendência democrática revolucionária do jornal acentuou-se cada vez mais e o governo começou por submetê-lo a uma dupla censura e acabou por ordenar a sua suspensão completa a partir de Janeiro de 1843.
    Marx casa-se e muda para Paris, aonde trabalharia em ume revista radical. Nos artigos de Marx publicados pela revista, ele aparece-nos já como um revolucionário que proclama “a crítica implacável de tudo o que existe” e, em particular, “a crítica das armas”, e apela para as massas e o proletariado. Numa árdua luta contra as diversas doutrinas do socialismo pequeno-burguês, elaborou, juntamente com Engels, a teoria e a tática do socialismo proletário revolucionário ou comunismo (marxismo).
    Em 1845, a pedido do governo prussiano, Marx foi expulso de Paris como revolucionário perigoso. (Foi para Bélgica, onde Marx e Engels filiaram-se numa sociedade secreta de propaganda, a “Liga dos Comunistas”, tiveram papel destacado no II Congresso desta Liga) e redigi¬ram o célebre Manifesto do Partido Comunista, publicado em Fevereiro de 1848. Esta obra relata detalhadamente a nova concepção do mundo, o materialismo conseqüente aplicado também ao domínio da vida social, a dialética como a doutrina mais vasta e mais profunda do desenvolvimento, a teoria da luta de classes e do papel revolucionário histórico universal do proletariado, criador de uma sociedade nova, a sociedade comunista, isto é, analisa todos os aspectos do sistema capitalista. Logo acabaram sendo expulsos do país,contudo Marx continuou a participar de manifestações na Alemanha e na Itália,as quais foi expulso também.
    Marx, mesmo condenado a miséria e sustentado com ajuda de Engels, desenvolveu numa série de trabalhos históricos a sua teoria materialista, dedicando-se, sobretudo ao estudo da economia política. Revolucionou esta ciência nas suas obras Contribuição para a Crítica da Economia Política e O Capital.
    Seu pensamento foi fruto de três grandes teorias: a filosofia alemã, o socialismo francês e a economia política inglesa. A primeira contribuiu com a dialética e com a teoria do Materialismo Histórico de Marx e Engels ; “a dialética consciente, para a integrar na concepção materialista da natureza”. “A natureza é a comprovação da dialética, e devemos dizer que as ciências modernas da natureza nos forneceram materiais extremamente numerosos” A dialética se conceitua em uma lógica de entendimento que tem como fundamento a contradição antítese e síntese. Para Marx,a dialética é um instrumento de entendimento do processo social,que,por sua vez,movimenta a história da humanidade,por maio de uma constante luta de classes sociais ( “A luta de classes sociais é o motor da história” )
    Enquanto, segundo Marx, é necessária a existência do homem para que este possa pensar, ou seja, primeiro o homem tem que produzir suas condições materiais e concretas de vida, pelo trabalho, que são os bens necessários à sua existência e à sua sobrevivência. Assim,Marx cria a teoria do Materialismo porque o homem está produzindo sua existência de forma concreta,trabalhando.Logo,cada mudança nessa maneira de produção faz com que mude a maneira de se viver; ”Não são os pensamentos que determinam a vida,é a vida que determina os pensamentos” “Assim como não se pode julgar um indivíduo pela idéia que ele faz de si próprio, também se não pode julgar uma tal época de revoluções pela consciência que ela tem de si mesma. Pelo contrário, é preciso explicar esta consciência pelas contradições da vida material, pelo conflito que existe entre as forças produtivas sociais e as relações de produção ...”.Entretanto, tendo o poder nas mãos, a burguesia faz o discurso filosófico que convence os trabalhadores de que a proposta de modernidade seria o melhor para o futuro,assim,conseguindo,a dominação destes através de sua ideologia. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. Marx não se limitou, porém, ao materialismo do século XVIII; pelo contrário, levou mais longe a filosofia. Enriqueceu-a com as aquisições da filosofia clássica alemã, sobretudo do sistema de Hegel, o qual conduzira por sua vez ao materialismo de Feuerbach. Dando origem a uma nova luta entre classes e uns dos seus mais renomados livros de análise do Capitalismo; Manifesto do Partido Comunista.
    “A história de toda a sociedade até agora existente é a história de lutas de classes” O homem livre e o escravo, o patrício e o plebeu, o barão feudal e o servo, o mestre de uma corporação e o oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante antagonismo entre si, travaram uma luta ininterrupta, umas vezes oculta, aberta outras, que acabou sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com o declínio comum das classes em conflito. A moderna sociedade burguesa, saída do declínio da sociedade feudal, não acabou com os antagonismos de classe. Não fez mais do que colocar novas classes, novas condições de opressão, novos aspectos da luta no lugar dos anteriores.
    Depois de ter verificado que o regime econômico constitui a base sobre a qual se ergue a superestrutura política, Marx dedicou-se principalmente ao estudo deste regime econômico. A obra principal de Marx, O Capital, é dedicada ao estudo do regime econômico da sociedade moderna, isto é, da sociedade capitalista.
    A economia política clássica anterior a Marx tinha-se transformado na Inglaterra, o país capitalista mais desenvolvido. Adam Smith e David Ricardo lançaram as suas investigações do regime econômico os fundamentos da teoria do valor-trabalho. Marx continuou a sua obra. Fundamentou com toda a precisão e desenvolveu de forma conseqüente aquela teoria. Mostrou que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário investido na sua produção.
    Onde os economistas burgueses viam relações entre objetos (troca de umas mercadorias por outras), Marx descobriu relações entre pessoas. A troca de mercadorias exprime a ligação que se estabelece, por meio do mercado, entre os diferentes produtores. O dinheiro indica que esta ligação se torna cada vez mais estreito a vida econômica dos diferentes produtores. O capital significa um maior desenvolvimento desta ligação: a força de trabalho do homem torna-se uma mercadoria. O operário assalariado vende a sua força de trabalho ao proprietário da terra, das fábricas, dos instrumentos de trabalho. O operário emprega uma parte do dia de trabalho para cobrir o custo do seu sustento e da sua família (salário); durante a outra parte do dia, trabalha gratuitamente, criando para o capitalista a mais-valia, fonte dos lucros, fonte da riqueza da classe capitalista. A teoria da mais-valia constitui a pedra angular da teoria econômica de Marx.
    O capital, criado pelo trabalho do operário, oprime o operário, arruína o pequeno patrão e cria um exército de desempregados. Na indústria, é imediatamente visível o triunfo da grande produção; mas também na agricultura deparamos com o mesmo fenômeno: aumenta a superioridade da grande exploração agrícola capitalista, cresce o emprego de maquinaria, a propriedade camponesa cai nas garras do capital financeiro, declina e arruinar sob o peso da técnica atrasada. Na agricultura, o declínio da pequena produção reveste-se de outras formas, mas esse declínio é um fato indiscutível.
    Esmagando a pequena produção, o capital faz aumentar a produtividade do trabalho e cria uma situação de monopólio para os consórcios dos grandes capitalistas. A própria produção vai adquirindo cada vez mais um caráter social - centenas de milhares e milhões de operários são reunidas num organismo econômico coordenado - enquanto um punhado de capitalistas se apropria do produto do trabalho comum. Cresce a anarquia da produção, as crises, a corrida louca aos mercados, a escassez de meios de subsistência para as massas da população. Ao aumentar a dependência dos operários relativamente ao capital, o regime capitalista cria a grande força do trabalho unido.
    Marx traçou o desenvolvimento do capitalismo desde os primeiros germes da economia mercantil, desde a troca simples, até as suas formas superiores, até a grande produção. E de ano para ano a experiência de todos os países capitalistas, tanto os velhos como os novos, faz ver claramente a um número cada vez maior de operários a justeza desta doutrina de Marx. O capitalismo venceu no mundo inteiro, mas esta vitória não é mais do que o prelúdio do triunfo do trabalho sobre o capital.

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  3. Karl Marx
    KARL MARX nasceu em Treves, na Prússia, em 1818. Era filho de um advogado judeu convertido ao protestantismo. Foi filósofo, historiador, economista e jornalista. Deixou numerosos escritos como "Manuscritos econômicos e filosóficos", "0 18 Brumário de Luís Napoleão", "Contribuição à crítica da economia política", "0 Capital", e, em conjunto com Engels, "A Ideologia Alemã", "Manifesto Comunista", entre outros. Segundo Engels, as duas grandes descobertas cientificas de Marx foram: a concepção do materialismo histórico e a teoria da mais-valia. Este filósofo alemão foi expulso da maior parte dos países europeus devido ao seu radicalismo. Seu envolvimento com radicais franceses e alemães, no agitado período de 1840, fez com que ele levantasse a bandeira do comunismo e atacasse o sistema capitalista. Segundo este economista o capitalismo era o principal responsável pela desorientação humana. Ele defendia a idéia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que, segundo ele, era o maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais intensificadas pelas grandes diferenças sociais. Este grande revolucionário, que também participou ativamente de organizações clandestinas com operários exilados, foi o criador da obra o Capital, livro publicado em 1867, que tem como tema principal a economia. Seu livro mostra estudos sobre o acúmulo de capital, identificando que o excedente originado pelos trabalhadores acaba sempre nas mãos dos capitalistas, classe que fica cada vez mais rica as custas do empobrecimento do proletariado. Com a colaboração de Engels, Marx escreveu também o Manifesto Comunista, onde não poupou críticas ao capitalismo. Este notável personagem histórico faleceu em Londres, Inglaterra, em 14 de março de 1883, deixando muitos seguidores de seus ideais. Lênin foi um deles, e, na União Soviética, utilizou as idéias marxistas para sustentar o comunismo, que, sob sua liderança, foi renomeado para marxismo-leninismo. Contudo, alguns marxistas discordavam de certos caminhos escolhidos pelo líder russo. Até hoje, as idéias marxistas continuam a influenciar muitos historiadores e cientistas sociais que, independente de aceitarem ou não as teorias do pensador alemão, concordam com a idéia de que para se compreender uma sociedade deve-se entender primeiramente sua forma de produção.

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  4. Síntese : Karl Marx

    Marx defendia concepções idealistas hegelianicas. Depois de uma experiência, que foi renunciada , como redator da “Gazeta Renana”, ele chega a conclusão de que os conhecimentos de economia política eram insuficientes e lançou-se para estudá-los.
    Após seu casamento com Jenny Von Westphalen, Marx muda-se para Paris onde publicou e defendeu em artigos de revistas ‘’a crítica implacável de tudo que existe’’ e apelava para as massas e para os proletariados.
    Marx desenvolveu sua teoria materialista dedicando-se ao estudo da economia política, nas suas obras como ‘’O Capital’’. A época da reanimação dos movimentos democráticos fez com que ele fundasse a ‘Associação Internacional dos Trabalhadores’, com isso forjou a luta proletária da classe operaria de vários países.
    Depois da queda da ‘Comuna de Paris’, a Internacional foi obrigada a transferir sua sede para Nova Iorque, onde ele pode prosseguir com sua obra de transformação da economia política.

     A doutrina de Marx
    O marxismo foi um sistema de idéias criadas por Marx onde tinha fundamentos em correntes ideológicas como: a filosofia clássica alemã; a economia política clássica inglesa; e o socialismo francês.

     A dialética
    Juntamente com Engels, Marx defendia a dialética de Hegel como a maior aquisição da filosofia clássica alemã. Para ele a dialética é ‘’ a ciência das leis gerais do movimento tanto do mundo exterior como do pensamento humano’’.

     A concepção materialista da história
    Dando-se conta do caráter inconseqüente e incompleto do materialismo, Marx foi levado a convicção de que era preciso ‘’por a ciência da sociedade e acordo com a base materialista e reconstruir esta ciência apoiando-se nesta base’’. Ele percebeu que as teorias anteriores não abarcavam precisamente a ação das massas populares, enquanto o materialismo histórico, permitiu a ele estudar a precisão das ciências naturais, as condições sociais da vida das massas e as modificações dessas condições.

     A luta de classes
    Marx analisa a rede das relações sociais e os graus transitórios de uma classe para outra para determinar a resultante do desenvolvimento histórico. Ele afirma em um trecho de sua obra ‘ O manifesto do partido comunista ‘ que ‘’A história de todas as sociedades existentes até hoje é a história da luta de classe‘’.



     A mais-valia
    Segundo Marx, em ‘O Capital’, a mais-valia era um fenômeno social médio, generalizado, onde os donos ganhavam lucros pelo serviço prestado pelo proletariado ao consumidor, sem devolver a este uma parte do rendimento.
     O socialismo
    Para Karl Marx, a socialização da produção não pode conduzir senão à transformação dos meios de produção em propriedades sociais, à ‘’expropriação dos expropriadores’’.
    Ele acreditava que o Estado era uma violência organizada que surgiu como algo inevitável numa determinada fase do desenvolvimento da sociedade quando essa, dividida em classes irreconciliáveis, não teria podido subsistir sem uma forma de ‘poder’.
    Então a sua solução era empregar o socialismo onde conduzindo as supressões das classes conduziria a abolição do Estado.

    Ana Laura Gomes Russi , 01
    2ºB E.M.

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